segunda-feira, 29 de junho de 2009

WALL E



Por que ele é lindo, romântico, todo atrapalhado...assisti o filme WALL E nesse fim de semana e estou apaixonada por esse robozinho.

suspirando...

Hoje me lembrei de uma colega de faculdade… ela vivia dizendo achar engraçado a quantidade de suspiros que eu dava numa tarde, sorria dizendo que eu suspirava com VONTADE. Eu nunca tinha reparado. Enfim hoje me lembrei dela por que me peguei suspirando fundo e com von-ta-de várias vezes...
•Pedindo paciência (e fechando os olhos na tentativa de me ausentar desse mundo por instantes) com tanta grosseria e ações desmedidas...
•De tristeza ao falar com uma amiga que enfrenta pela segunda vez um câncer na família.
•Ao jogar pela décima nona vez rouba monte com a pequena...
•Ao receber meu notebook da minha enteada adolescente totalmente desconfigurado...
•Ver Renata Ceribely( assim mesmo q se escreve?) com um bando de mulheres frustradas num quadro do fantástico que mais se assemelha ao odioso big brother...
•Com Pascal Mercier em Trem Noturno para Lisboa... Leitura profundamente fantástica...
” Somos todos retalhos de uma textura tão disforme e diversa que cada pedaço, a cada momento, faz seu jogo. E existem tantas diferenças entre nós e nós próprios, como entre nós e os outros” Montaigne

segunda-feira, 22 de junho de 2009

chutei o balde.


Dalai Lama recomenda buscar o contrário quando a vida ficar monótona.



chutei o balde.
pedi demissão de um dos empregos, ensaiando a demissão do segundo.
cansei.
vou partir para a carreira solo.
me desejem sorte porque se der errado estou fdd e MAL PAGA!!!

domingo, 21 de junho de 2009

meus dias...

*exercitando meu lado mulherzinha (que, diga-se de passagem, andava meio esquecido),
*fazendo bolo confeitado
*passeio com minha filha no shopping- que por sinal esta numa fase maravilhosa...VIVA os quatro anos de uma criança!!!
*arrumação na casa ao som de Jennifer Lopes( nada como ver as coisas realmente em ordem)
*enfeitando a varanda com bandeirolas, balões e coisitas de São João...,
*levando a cadela para passear,
*conversinha com as amigas de faculdade que não vejo desde a formatura
*por falar nisso fiz as pazes com o estudo ( só o estudo salva!)
*meia hora de banho esfoliante Victoria secrets...

domingo, 14 de junho de 2009

uma história de carícias

Tenho adoração por esse conto... comprei o livro de Shinyashiki para fazer um trabalho na época da faculdade, estava grávida e extremamente emotiva...fiquei fascinada pelo tema (mais ainda, por que na minha profissão tocar é algo essencial) . Acredito no poder transformador de um carinho quente!

Uma história de carícias
Era uma vez, há muito tempo, um casal feliz, Antonio e Maria, com dois filhos chamados João e Lúcia. Para entender a felicidade deles, é preciso retroceder àquele tempo.
Cada pessoa, quando nascia, ganhava um saquinho de carinhos. Sempre que uma pessoa punha a mão no saquinho podia tirar um Carinho Quente. Os Carinhos Quentes faziam as pessoas sentirem-se quentes e aconchegantes, cheias de carinho. As pessoas que não recebiam Carinhos Quentes expunham-se ao perigo de pegar doença nas costas que as fazia murchar e morrer.

Era fácil receber Carinhos Quentes. Sempre que alguém os queria, bastava pedi-los. Colocando-se a mão na sacolinha surgia um Carinho do tamanho da mão de uma criança. Ao vir à luz o Carinho se expandia e se transformava num grande Carinho Quente que podia ser colocado no ombro, na cabeça, no colo da pessoa. Então, misturava-se com a pele e a pessoa se sentia toda bem.

As pessoas viviam pedindo Carinhos Quentes umas às outras e nunca havia problemas para consegui-los, pois eram dados de graça. Por isso todos eram felizes e cheios de carinhos, na maior parte do tempo.
Um dia uma bruxa má ficou brava porque as pessoas, sendo felizes, não compravam as poções e ungüentos que ela vendia. Por ser muito esperta, a bruxa inventou um plano muito malvado. Certa manhã ela chegou perto de Antonio enquanto Maria brincava com a filha e cochichou em seu ouvido: "olha Antonio, veja os carinhos que Maria está dando à Lúcia. Se ela continuar assim vai consumir todos os carinhos e não sobrará nenhum pra você".

Antonio ficou admirado e perguntou: "Quer dizer então que não é sempre que existe um Carinho Quente na sacola?"

E a bruxa respondeu: "Eles podem se acabar e você não os ganhará mais". Dizendo isso a bruxa foi embora, montada na vassoura, gargalhando muito.

Antonio ficou preocupado e começou a reparar cada vez que Maria dava um Carinho Quente para outra pessoa, pois temia perdê-los. Então começou a se queixar que Maria, de quem gostava muito, e Antonio também parou de dar carinhos aos outros, reservando-os somente para ela.

As crianças perceberam e passaram também a economizar carinhos, pois entenderam que era errado dá-los. Todos ficaram cada vez mais mesquinhos.

As pessoas do lugar começaram a sentir-se menos quente e acarinhados e algumas chegaram a morrer por falta de Carinhos Quentes. Cada vez mais gente ia à bruxa para adquirir ungüentos e poções. Mas a bruxa não queria realmente que as pessoas morressem porque se isso ocorresse, deixariam de comprar poções e ungüentos: inventou um novo plano. Todos ganhavam um saquinho que era muito parecido com o saquinho de Carinhos, porém era frio e continha Espinhos Frios. Os Espinhos Frios faziam as pessoas sentirem-se frias e espetadas, mas evitava que murchassem.

Daí para frente, sempre que alguém dizia "Eu quero um Carinho Quente", aqueles que tinham medo de perder um suprimento, respondiam: "Não posso lhe dar um Carinho Quente, mas, se você quiser, posso dar-lhe um Espinho Frio".

A situação ficou muito complicada porque, desde a vinda da bruxa havia cada vez menos Carinhos Quentes para se achar e estes se tornaram valiosíssimos. Isto fez com que as pessoas tentassem de tudo para consegui-los.

Antes da bruxa chegar as pessoas costumavam se reunir em grupos de três, quatro, cinco sem se preocuparem com quem estava dando carinho para quem. Depois que a bruxa apareceu, as pessoas começaram a se juntar aos pares, e a reservar todos seus Carinhos Quentes exclusivamente para o parceiro. Quando se esqueciam e davam um Carinho Quente para outra pessoa, logo se sentiam culpadas. As pessoas que não conseguiam encontrar parceiros generosos precisavam trabalhar muito para obter dinheiro para comprá-los.

Outras pessoas se tornavam simpáticas e recebiam muitos Carinhos Quentes sem ter de retribuí-los. Então, passavam a vendê-los aos que precisavam deles para sobreviver. Outras pessoas, ainda, pegavam os Espinhos Frios, que eram ilimitados e de graça, cobriam-nos com cobertura branquinha e estufada, fazendo-os passar por Carinhos Quentes. Eram na verdade carinhos falsos, de plástico, que causavam novas dificuldades. Por exemplo, duas pessoas se juntavam e trocavam entre si, livremente, os seu Carinhos Plásticos. Sentiam-se bem em alguns momentos mas, logo depois sentiam-se mal. Como pensavam que estavam trocando Carinhos Quentes, ficavam confusas.

A situação, portanto, ficou muito grave.

Não faz muito tempo uma mulher especial chegou ao lugar. Ela nunca tinha ouvido falar na bruxa e não se preocupava que os Carinhos Quentes acabassem. Ela os dava de graça, mesmo quando não eram pedidos. As pessoas do lugar desaprovavam sua atitude porque essa mulher dava às suas crianças a idéia de que não deviam se preocupar com que os Carinhos Quentes terminassem, e a chamavam de Pessoa Especial.
As crianças gostavam muito da Pessoa Especial porque se sentiam bem em sua presença e passaram a dar Carinhos Quentes, sempre que tinham vontade.

Os adultos ficavam muito preocupados e decidiram impor uma lei para proteger as crianças do desperdício de seus Carinhos Quentes. A lei dizia que era crime distribuir Carinhos Quentes sem uma licença. Muitas crianças, porém, apesar da lei, continuavam a trocar Carinhos Quentes sempre que tinham vontade ou que alguém os pedia. Como existiam muitas crianças parecia que elas prosseguiram seu caminho.

Ainda não sabemos dizer o que acontecerá. As forças da lei e da ordem dos adultos forçarão as crianças a parar com sua imprudência? Os adultos se juntarão à Pessoa Especial e às crianças entenderão que sempre haverá Carinhos Quentes, tantos quantos forem necessários? Lembrar-se-ão dos dias em que os Carinhos Quentes eram inesgotáveis porque eram distribuídos livremente?

Em qual dos lados você está?

O que você pensa disso?

Claude Steiner em A Carícia Essencial - Roberto Shinyashiki – Ed. Gente