sábado, 11 de setembro de 2010

Buscando...

O tal equilíbrio.Estou lendo Comer, rezar e amar( passei diversas vezes por ele na livraria, e alguma coisa não me deixava à vontade com o título, o que me fez ignorá-lo totalmente e o preconceito nem me permitiu a curiosidade de ler a sinopse). Ganhei o livro.Foi um grande presente...por razões que não precisei expor aqui, o livro hoje é um remédio pra mim. Coisas muito, muito comuns que compartilho com a autora, têm me dado muito prazer em ler e aprender com a experiência que ela teve a sorte, a graça de viver...
Sou muito ciumenta com meus livros.Até mesmo depois de lê-los, fica difícil pra mim o desapego.Esse tá me acompanhando para todos os cantos, durmo e acordo com ele, estou lendo calmamente e absorvendo, está totalmente rabiscado com lápis de diversas cores...Está meio sujo também. O capítulo da madrugada de hoje foi rabiscado, pintado e teve sua página dobrada...Vou continuar a ler, bem devagar (nem tanto, por que o filme estréia mês que vem!!!) e dividir um pouco da parte boa, da parte que agora interessa, sem sofrimento, sem dor...sem culpa...Por que agora tenho a certeza que isso vai passar.É nisso que preciso acreditar.

Página 185.
Existe uma piada italiana maravilhosa sobre um pobre homem que vai à igreja todos os dias e reza diante da estátua de um grande santo,dizendo:"Querido santo, por favor, por favor...conceda-me a graça de ganhar na loteria", esse lamento dura meses.Por fim, irritada, a estátua ganha vida, baixa os olhos para o suplicante e diz, com uma repulsa cansada: "Meu filho, por favor, por favor...compre um bilhete"

A prece é um relacionamento; metade do trabalho é meu. Se eu quiser transformação, mas sequer for capaz de articular qual exatamente é o meu objetivo, como ela poderá ocorrer?
...
Sinto que o destino também é um relacionamento- Uma interação entre a graça divina e o esforço pessoal direcionado. Sobre metade dele você não tem o menor controle; a outra metade está completamente nas suas mãos, e as suas ações terão consequencias perceptíveis. O homem não é nem marionete dos deuses, nem tampouco é senhor do seu próprio destino; ele é um pouco de ambos. Galopamos pela vida como artistas de circo, equilibrados em dois cavalos que correm lado a lado a toda velocidade- com um pé sobre o cavalo chamado "destino",e o outro chamado "livre arbítrio". E a pergunta que você precisa fazer todos os dias é: qual dos cavalos é qual? Com qual cavalo devo parar de me preocupar, porque ele não está sob meu controle, e qual deles preciso guiar com esforço concentrado?
Há tanta coisa no meu destino que não posso controlar, mas outras coisas estão,sim, sob a minha jurisdição. Existem determinados bilhetes de loteria que posso comprar, aumentando,assim,minhas chances de encontrar satisfação. Posso decidir como gasto o meu tempo, com quem interajo,com quem compartilho meu corpo, minha vida, meu dinheiro e minha energia. Posso decidir o que como, o que leio, o que estudo.Posso escolher como vou encarar as circunstâncias desafortunadas da minha vida- se as verei como maldição ou como oportunidades( e, quando não tiver forças para adotar o ponto de vista mais otimista, porque estou sentindo pena demais de mim mesma, posso decidir continuar tentando mudar minha atitude). Posso escolher minhas palavras e o tom de vozcom que falo com os outros. E, acima de tudo,posso escolher meus pensamentos.

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